ah dezembro,
o mês de todas as mortes e nascimentos,
em rabanadas de vento no meio da chuva sem abrigo … onde páras na infância ??
quantas crianças sem infância queria eu albergar neste mundo feito de merda …
e as decorações a iluminar a cidade tanto dinheiro em lâmpadas led e tamanha miséria e tristeza por aqui !!!
não tarda são os nossos anos, Amor !!!
quando voltaremos a celebrar no mesmo dia como dantes ??
Né, estás aí ??
eu trago os teus bombons e violetas … fala comigo, dás-me alento ??
acaricias-me o cabelo e chamas-me Bézinha … acorda, são horas ??
de quê, Mãe ?? para quê, se tudo isto é uma espiral … tal eco, que volta de rastos para nós …
escrever memórias emagrece, sabias ??
é que as memórias estão feridas e vêm inteiras em sangue !!! e magoam !!!
embrulhadas com laçarotes,
lindas e … carcomidas …
vamos apanhar estrelas ?? assim, na palma da mão, e depois …
metemos em garrafas como pirilampos para iluminar o caminho ??
este mês descambou de pés nus
pela ravina abaixo
até ao fundo ...
é a memória que descarrilou na infância ...
e voou
em convulsões !!!
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